A publicidade dirigida ao público infantil deve respeitar uma série de normas para que a criança não seja influenciada de forma errada. Essa propaganda não tem a função de educar, isso é responsabilidade dos pais, afirma Lidia Aratangy, psicóloga referência em orientação familiar. Da mesma forma, não se deve impor à publicidade a preocupação de transmitir valores, que é uma função essencialmente dos pais, mas também alerta os publicitários para que se preocupem com os valores que podem estar transmitindo. A psicóloga foi a primeira a interpretar Narizinho do Sitio do Picapau Amarelo na televisão, exibido na TV Tupi entre 1952 e 1962. Baseada nessa experiência, ela traça um paralelo entre as tentativas de censura da obra de a Monteiro Lobato e o que estão tentando fazer com a publicidade infantil. Segundo a psicóloga, estamos em um momento de tanta violência e preconceitos que proibir as crianças de terem acesso às histórias do Sítio do Pipa Pau Amarelo é um abuso do politicamente correto.
